domingo, 5 de outubro de 2008

Um poeminha de nada


Poema


O vento noroeste levou até as montanhas
o cheiro de visitas
e eu voltei


Cheiro que é estranho
apenas deste lugar


Quando as portas do mundo
fecham-se pra vida –
alimento-me do imponderável
e do nitrogênio dos coriscos


Com os anos vividos
estampados na cara –
hospedo-me em nuvens
navego em relâmpagos
e habito colônias intemporais


Fátima Friedriczewski

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