domingo, 15 de novembro de 2009

DO FUNDO DO BAU








Não sei se foi por causa do domingo de chuva (neste momento timidamente o sol está querendo aparecer), acabei tirando do fundo do bau os dois cadernos de poesia e prosa da extinta "confraria literária", dos quais escaneei as capas e os manifestos de introdução.
E transcrevo a seguir um poeminha meu muito antigo, publicado no 2 caderno:



ARIDEZ



Vastidão de alqueires
lucro fácil
silêncio

Tecnologia
insumos
silêncio

Imensidão de areias
desertificadas
silêncio

Vultos de árvores mortas
vejo
erguerem-se em silêncio

Ressuscitem, ó árvores,
dos seus sarcófagos no deserto
para com seus fantasmas verdes
assombrar
a multidão de gananciosos
que as sepultou
sob a clorofila dos dólares !

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